Produto se compra. Marca se escolhe.
Quem ainda acha que o consumidor compra só pelo preço está operando em 2005. Hoje, a concorrência é brutal, a tecnologia nivelou os produtos e as decisões de compra estão cada vez menos racionais. O que faz alguém escolher a sua empresa e não a do concorrente? Spoiler: não é o seu produto.
Produto resolve uma necessidade. Marca constrói um significado.
E o consumidor moderno está comprando significado.
Você pode até vender um tênis. Mas o que ele está comprando é atitude, identidade, pertencimento.
Segundo o relatório Meaningful Brands 2023, da Havas, 77% dos consumidores preferem marcas que compartilham seus valores. O dado não é novo. Mas é ignorado por muita gente. E quem ignora marca, vira fornecedor.
Nike: de tênis a símbolo cultural
A Nike não vende calçado. Nunca vendeu. Desde o início, a proposta foi colocar performance no pé de quem queria vencer. O nome já dizia tudo: Nike, a deusa da vitória.
Mas o grande ponto de virada veio em 1988, com o lançamento do slogan “Just Do It”. Uma frase simples, quase bruta, mas que falava direto com o inconsciente de uma geração inteira. Era um convite à ação. Um chamado à superação.
A partir dali, a Nike deixou de disputar gôndola e passou a disputar território mental. Associou sua imagem a atletas como Jordan, Serena e Ronaldo, mas também a causas sociais, minorias, diversidade. Construiu uma marca que representa atitude, coragem, inconformismo.
Hoje, a Nike vale mais de 50 bilhões de dólares segundo a Interbrand. Não pelo tênis. Pelo que ela representa.
O que a sua marca representa?
Essa é a pergunta que vale mais do que o ROI de qualquer campanha.
Se o seu negócio ainda compete por funcionalidade, prepare-se para ver o preço cair e o cliente sumir. Porque amanhã o seu concorrente entrega igual, por menos.
Agora, quando o cliente escolhe a sua marca porque ela tem valor simbólico, vínculo emocional, posicionamento claro… você sai da guerra do preço e entra no jogo da influência.
Marca forte não é estética. É estratégia.
Não estamos falando de logotipo bonito nem de feed alinhado. Estamos falando de construir uma percepção consistente sobre quem você é, por que existe e por que importa. Isso exige clareza, coragem e consistência.
Marcas fortes não nascem no briefing. Elas nascem quando a empresa entende o que quer representar no mundo. E vive isso de ponta a ponta: produto, equipe, atendimento, comunicação, cultura.
Porque no fim do dia, o mercado pode até comprar o seu produto.
Mas só vai escolher você se acreditar na sua marca.
Comece a escrever aqui...